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Vitória do casamento gay na Irlanda é âderrota da humanidadeâ, diz Vaticano. Jornal Público. |
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Quarta, 27 Maio 2015 12:28 |
Declaração foi proferida pelo número dois da hierarquia da Igreja Católica e contrasta com posição de certa abertura manifestada há algum tempo pelo Papa.
 A vitória do âsimâ no referendo sobre a legalização do casamento homossexual na Irlanda é vista pelo Vaticano como âuma derrota para a humanidadeâ. A reacção veio na terça-feira à noite, através da segunda figura na hierarquia da Igreja Católica. O secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, falava numa conferência de imprensa do resultado do referendo irlandês, que o deixou âprofundamente tristeâ. âA Igreja deve ter em conta esta realidade, mas no sentido de que deve reforçar o seu compromisso com a evangelização. Acho que não se pode falar apenas de uma derrota dos princÃpios cristãos, mas de uma derrota para a humanidadeâ, disse o responsável em declarações à Rádio Vaticano, citadas pela Reuters. As palavras de Parolin surgem poucos dias depois da vitória do âsimâ por larga maioria no referendo que questionava os irlandeses sobre a legalização do casamento homossexual. A Irlanda tornou-se, desta forma, o primeiro paÃs no mundo a levar a questão à s urnas em consulta popular. O consenso em torno do âsimâ reuniu praticamente toda a classe polÃtica, económica e cultural da Irlanda, apenas com a oposição da Igreja Católica â uma instituição que outrora exercia grande influência num dos paÃses mais conservadores da Europa, mas que nas últimas décadas tem perdido apoio. O âsimâ ao casamento homossexual venceu em quase todos os cÃrculos eleitorais e alcançou 62,3% dos votos, contra 37% do ânãoâ. A posição de Parolin contrasta com a primeira reacção da Igreja irlandesa. Logo após serem conhecidos os resultados, o arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, admitiu que a âIgreja precisa de encarar a realidadeâ. O comentário da segunda figura do Vaticano parece também ir em sentido contrário à s declarações do Papa Francisco sobre a homossexualidade, que alimentou esperanças de uma viragem na doutrina católica sobre o assunto quando apenas disse âquem sou eu para julgar?â. Porém, desde então não houve qualquer sinal efectivo de que a Igreja esteja a ponderar desviar-se da sua forte condenação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Recentemente, o Vaticano não se pronunciou sobre a nomeação de Laurent Stefanini, um diplomata homossexual e católico praticante, como embaixador francês na Santa Sé, um silêncio visto como uma forma subtil de rejeitar a escolha. Parolin foi nomeado em 2013 para substituir o polémico cardeal Tarcisio Bertone, que se viu envolvido no escândalo dos Vatican leaks, que expôs esquemas de corrupção na Igreja Católica. Desde então, Parolin, que chegou a chefiar a diplomacia da Santa Sé, tem assumido um papel de relevo emdossiers como o processo de reaproximação entre os EUA e Cuba e tem-se pronunciado sobre questões como o aquecimento global ou as desigualdades sociais.Â
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