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Posso ou não chamar "mariconço"? Alberto Gonçalves. Revista Sábado |
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Quarta, 04 Janeiro 2017 12:00 |
Alberto Gonçalves
Após a morte do cançonetista George Michael, e espicaçado pelo choradinho fúnebre, incluindo o de sua excelência, o presidente da República, escrevi no Facebook a seguinte graçola:"Se bem percebo, a morte de George Michael obriga-nos a agradecer os horrores que o homem cometeu anos a fio. É assim, não é? Então esperem um bocadinho, que vou rever o meu obituário do Fidel." Deveria ser escusado dizer que me referia à "obra" da criatura, a qual por acaso me irrita particularmente. Mas não foi: pelos vistos, a criatura era homossexual e inúmeras alminhas sensÃveis resolveram achar que os "horrores" em questão encerravam um juÃzo de "mau gosto" à vida privada do sr. G. M. Como tal extravagância nem me tinha passado pela cabeça e não sou entusiasta de equÃvocos, optei por um esclarecimento:
"A ver se nos entendemos. Alguns frequentadores desta página imaginaram que não gosto do George Michael por causa da orientação sexual dele. Essa agora. Contas por alto, cerca de 38,6% dos músicos que aprecio são ou eram mariconços. Detestá-los por isso seria tão ridÃculo quanto louvá-los por isso. O que abomino no falecido é mesmo a música, se é que aquilo merece a designação." Julguei que o assunto estava encerrado e fui à minha vida. Quando regressei ao Facebook, encerrada estava a minha conta, que tive de reabrir mediante palavra-passe e não sei o quê. A causa? Simpaticamente, o Facebook explicava: "Eliminámos a publicação abaixo [aqui é a publicação acima] por não seguir os Padrões da comunidade do Facebook". Dado que "padrões" incluÃam maiúscula, julgo que serão tema solene, tão solene que não admitem referências a "mariconços" e outros factores de perturbação da ordem social. (...)
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