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Uma lei perigosa. Pe Gonçalo Portocarrero. O Observador. |
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Sábado, 14 Abril 2018 14:33 |
Pe Gonçalo Portocarrero
Os suicÃdios de adultos que recorreram a tratamentos com hormonas do sexo oposto, ou se submeteram a cirurgias de mudanças de sexo, é 20 vezes superior ao normal. Por uma unha negra – 109 votos contra 106 – o parlamento aprovou ontem a lei que permite a qualquer jovem de 16 anos determinar, sem necessidade de qualquer relatório médico, o seu género. Ou seja, mudar no registo civil o seu nome próprio – de masculino para feminino, ou vice-versa – e averbar como seu o sexo correspondente. Só quando for maior de idade, aos 18 anos, estará autorizado a requerer intervenções cirúrgicas e médicas que simulem o sexo com que se identifica; mas, na realidade, não muda de sexo, apenas altera a sua aparência anatómica. Entende a ideologia de género que a identidade sexual é algo essencialmente subjectivo e não determinado fÃsica e biologicamente, e que a aparência sexual/morfotipo deve ser a que corresponda a essa identidade. O corpo humano é masculino ou feminino, mas o género admite mais de cinquenta modalidades: ‘gender fluid’, ‘gender variant’, ‘genderqueer’, ‘gender questioning’, ‘gender nonconforming’, ‘agender’, ‘bigender’, ‘cisgender’, ‘cisgender male’, ‘cisgender female’, etc. Não existindo nenhum fundamento objectivo do género, este depende apenas da decisão do próprio, que pode optar pela identidade sexual que entenda mais adequada à sua personalidade. Mais ainda: não só tem absoluta liberdade para determinar o seu género, como tem também o direito a ser tratado, para todos os efeitos sociais, como tal. Mas, qual é a opinião dos especialistas na matéria? O Colégio Americano de Pediatras, através da sua presidente, Michelle A. Cretella, e da sua vice-presidente, Quentin Van Meter, realizou um estudo, exclusivamente cientÃfico, sobre transexualidade juvenil. As suas conclusões foram resumidas por Javier Fiz Pérez, em artigo publicado, no passado dia 1 de Março, no ‘site’ Aleteia, do grupo mediático europeu Media Participations:
Segundo as estatÃsticas, a identificação dos jovens com o sexo oposto é um transtorno da personalidade que, em 92% dos casos, é depois ultrapassado. Pergunta-se então: por que razão o parlamento português, sem nenhuma autoridade cientÃfica na matéria, quer facilitar que adolescentes, que ainda não chegaram à maturidade psÃquica e sexual, nem à maioridade, que ainda não podem beber em público bebidas alcoólicas, nem sequer votar, possam precipitar uma decisão que tem gravÃssimas repercussões na sua saúde fÃsica e mental?! Mais penoso é saber que os suicÃdios de adultos que recorreram a tratamentos com hormonas do sexo oposto, ou se submeteram a cirurgias de mudanças de sexo, é 20 vezes superior ao normal. Assim sendo, esta nova lei não é apenas temerária, mas potencialmente homicida. A Igreja é particularmente sensÃvel ao imenso sofrimento dos jovens que padecem disforia de género e das suas famÃlias. Prova disso são as inúmeras instituições católicas especialmente vocacionadas para o seu apoio. Mas também sabe que a complacência com essas disfunções não é o caminho que melhor serve essas pessoas, que devem ser ajudadas, psÃquica, clÃnica e espiritualmente, a aceitarem a verdade sobre a sua identidade sexual e a amarem-se a si mesmas como realmente são, que é também como Deus as ama. A Igreja ensina que essa sua condição – como, aliás, qualquer orientação sexual – em nada diminui a sua dignidade, nem impede a sua realização humana e sobrenatural. Apesar dos lamentáveis casos de pedofilia, felizmente já punidos com a merecida severidade e – espera-se! – definitivamente ultrapassados, a Igreja católica tem um especial apreço pelos jovens, que estes reconhecem e retribuem: as Jornadas Mundiais da Juventude são a maior concentração periódica mundial de gente nova. Este ano, o Papa Francisco convocou os jovens de todo o mundo para um sÃnodo a realizar em Roma e que será, decerto, mais uma jubilosa celebração da vida. Pelo contrário, por cá a extrema-esquerda parlamentar insiste no que São João Paulo II chamou a ‘cultura da morte’: se a lei que promove a interrupção voluntária da gravidez fomenta a morte das crianças ainda não nascidas, a eutanásia favorece o homicÃdio dos doentes e das pessoas de idade, e esta nova lei faz dos jovens potenciais vÃtimas.
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